Major Marcelo Vinícius Rezende voltou ao trabalho em São Paulo marcado pelas experiências vividas durante a competição em Paris
“Estive em um lugar onde desde pequeno assisti pela televisão. Foi como entrar diretamente na telinha, fazer uma viagem do passado ao presente, é um sentimento surreal”. Foi assim que o major PM Marcelo Vinícius Rezende, da Polícia Militar de São Paulo, relatou a sensação de estar nas Olimpíadas. Ele foi convocado pela Federação Mundial de Taekwondo para ser árbitro da competição em Paris.
O combate começou em 7 de agosto com as categorias mais leves. Foram um total de 144 lutas em quatro dias, sendo que o policial arbitrou em 44 delas. Inclusive, ele quem foi o mediador da primeira disputa de medalha de ouro masculino de taekwondo.
O major PM Rezende relata que “sentir a emoção dos atletas e a energia do público torcendo não tem preço”. “Participei de todas as competições da modalidade, mas, ver esses mesmos atletas lutarem de uma forma muito mais intensa, com a torcida vibrando a cada ação, é uma energia fantástica”, afirmou.
Toda essa emoção, no entanto, gerou uma certa pressão: “Nenhum erro seria permitido, assim como em nosso trabalho policial nas ruas”.
Vale ressaltar que o militar participou de três processos seletivos para ser árbitro nas Olimpíadas, começando pela de Londres (2012), Rio de Janeiro (2016) e Tokyo (2020).
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O árbitro chegou em São Paulo na última terça-feira (13). Logo que voltou ao trabalho no Comando de Policiamento de Área Metropolitana (CPA/M) 4, na zona leste de São Paulo, foi recebido com a celebração de seus companheiros.
“Desde que estava em Paris recebi mensagens de policiais do estado inteiro me parabenizando, principalmente daqueles que trabalharam comigo no início da carreira. A recepção foi excepcional e fiquei muito feliz em poder representar os policiais de São Paulo nos jogos olímpicos”, completou.
Agora, além de focar no trabalho policial, o major quer seguir ensinando o esporte para outros admiradores do taekwondo.