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Agência Minas Gerais | Na Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, práticas de sucesso da educação de Minas são destaque

A Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é um momento significativo para refletir sobre os avanços e os desafios na promoção da inclusão no ambiente escolar.

Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) tem se empenhado ao longo do ano em diversas ações para assegurar que os estudantes com deficiência intelectual e múltipla recebam um atendimento de alta qualidade e adequado às suas necessidades.

As iniciativas da SEE incluem a adaptação das escolas públicas para garantir acessibilidade arquitetônica e tecnológica, além da oferta dos atendimentos educacionais especializados na forma de apoio ao processo de escolarização, como os professores de apoio à comunicação e linguagens, tradutores e intérpretes de Libras, guias intérpretes, e de complementação – sala de recursos.

Esses atendimentos desempenham um papel importante na garantia do acesso ao currículo e qualidade no processo de aprendizagem do estudante público da educação especial.

Além das adaptações e suportes diretos, a Secretaria de Educação investe na formação continuada e especializada dos educadores. Este investimento visa capacitar os professores para atender às diversas necessidades dos estudantes com deficiência, promovendo uma educação personalizada e de alta qualidade.

Outro aspecto crucial das ações da SEE é a criação de redes intersetoriais de apoio, que garantem um atendimento educacional equitativo e integrado para todos os alunos.

Os Centros de Referência em Educação Especial Inclusiva (Crei), os Centros de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e os Centros de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimentos às Pessoas com Surdez (CAS) desempenham papéis essenciais nesse processo.

Esses centros são responsáveis pela produção de materiais pedagógicos acessíveis e pela formação contínua dos professores, assegurando que as metodologias e recursos utilizados estejam alinhados com as melhores práticas de inclusão e acessibilidade.

Além disso, as equipes do Serviço de Apoio à Inclusão (SAI) desempenham um papel fundamental na supervisão das ações de educação especial nas Superintendências Regionais de Ensino (SRE).

Elas trabalham diretamente com as escolas para assegurar que os alunos com deficiência tenham acesso à educação, permaneçam nas salas de aula e alcancem seus objetivos de aprendizagem.

Exemplos

Muitas escolas da rede têm se destacado por suas práticas inovadoras e bem-sucedidas no atendimento a estudantes com deficiência ao longo do ano. Essas instituições têm implementado estratégias eficazes que não só promovem a inclusão, mas também fortalecem o apoio aos estudantes com deficiência.

Durante a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, as escolas realizam atividades especiais para promover a conscientização e valorizar a diversidade.

Essas ações têm como objetivo integrar os estudantes com deficiência em todos os aspectos da vida escolar, oferecendo a eles oportunidades de aprendizado e permitindo aos demais alunos e profissionais da escola a chance de superar preconceitos e conceitos errôneos.

Para celebrar e valorizar o momento, a Escola Estadual Dr. Avelar, de Sete Lagoas, tem promovido uma série de ações voltadas para a inclusão. Atualmente, a instituição atende 32 estudantes com necessidades especiais.

Recentemente, a escola criou uma sala sensorial, onde os alunos podem explorar todos os sentidos humanos. Além disso, foram realizadas uma palestra para pais e a montagem de uma árvore, onde depoimentos dos pais foram pendurados.

Nesta semana, a escola ainda realizará uma grande passeata na sexta-feira (30/8), que percorrerá a principal lagoa da cidade. Com o tema “Diferente, e daí? Inclusão: direito sim, favor não!”, o evento contará com a participação de outras cinco escolas da cidade. A passeata incluirá fanfarra, faixas, frases de inclusão e a presença de vários estudantes.

“A nossa comunidade escolar, nossa cidade, nosso estado, nosso país precisam se abrir para inclusão social e entender que não são coitadinhos, não se trata de favor ajudar alguém com deficiência, mas de direito. Os alunos atípicos têm direitos, deveres, condições de agregar muito à sociedade, além de nos ensinar fraternidade, empatia, amor, solidariedade”, afirma a diretora da unidade de ensino, Fabiana Bastos.

Por sua vez, a Escola Estadual Neca Quirino, de Passos, organizou um envolvente Circuito Sensorial. Durante a atividade, todos os estudantes participaram de experiências projetadas para simular as vivências enfrentadas por pessoas com diferentes tipos de deficiência, incluindo intelectual, sensorial e física.

Usando vendas para restringir a visão, materiais com diversas texturas e barreiras que dificultavam a locomoção, os estudantes puderam experimentar, de forma prática, as dificuldades e desafios que essas pessoas enfrentam diariamente.

A atividade promove a empatia e a compreensão entre os alunos, permitindo que vivenciem de maneira direta as experiências de pessoas com deficiência.

Ao se colocarem no lugar do outro, os estudantes desenvolvem uma percepção mais profunda das barreiras que enfrentam essas pessoas, o que pode reduzir preconceitos e aumentar o respeito e a solidariedade.