A Nova Transoeste completou 150 dias de operação transportando, em média, 198,7 mil passageiros por dia. O corredor que conecta a Barra da Tijuca a Santa Cruz e a Campo teve no total 59 quilômetros revitalizados, sendo 31 quilômetros de calha do BRT reconstruídos em concreto. E passou a operar com 207 ônibus, dos quais 136 são novos veículos articulados, equipados com tecnologia sustentável Euro 6, além de 22 Euro 5 que já circulavam no trecho Jardim Oceânico x Alvorada e 50 ônibus padrons da nova frota. O início da operação dos “amarelinhos” no corredor Transoeste marcou a renovação de 100% da frota do BRT em toda a cidade e decretou o fim da era dos veículos azuis.
Concreto na nova calha da Transoeste
Inaugurada em 2012, como o primeiro corredor de BRT da cidade, a Transoeste atualmente opera com quatro terminais (Magarça, Jardim Oceânico, Alvorada e Campo Grande) e 62 estações. Outros três terminais (Curral Falso, Mato Alto e Pingo d´Água), construídos a partir da ampliação de antigas estações, estão em fase de finalização das obras.
A requalificação recuperou a pista do corredor de BRT desde o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, ao futuro Terminal Pingo D’Água, em Guaratiba, passando pelo túnel Vice-Presidente José Alencar, na Grota Funda. Ao todo foram utilizados 52.800 metros cúbicos de concreto, o que daria para encher 28 piscinas olímpicas. Os investimentos ultrapassaram os R$ 221 milhões, e as obras levaram 18 meses.
Durante a obra também foi construída uma passagem inferior no Terminal Recreio, possibilitando a interligação com a Transolímpica. Agora, a conexão da Transolímpica com a Transoeste é feita dentro do próprio terminal, eliminando a necessidade de travessia na Avenida das Américas e proporcionando mais conforto aos usuários.
Mais três estações estão sendo transformadas em terminais
A transformação de quatro estações do corredor em terminais (Mato Alto, Pingo D´Água, Curral Falso e Magarça) tem um investimento que ultrapassa R$ 180 milhões. Magarça já foi entregue à população e as obras dos outros três terminais estão a pleno vapor. Além da expansão das antigas estações, haverá a construção de passarelas de acesso às novas estruturas e aos terminais alimentadores, que farão a integração entre ônibus e vans com vias importantes. Também serão feitas melhorias viárias e de drenagem para aumentar a capacidade de escoamento de água.
Os quatro novos terminais vão ganhar grandes bicicletários, com 1.500 vagas no total. Eles serão amplos, para maior conforto do usuário. Por exemplo, o novo terminal Pingo D’Água terá 17 mil metros quadrados (hoje são apenas 2 mil metros quadrados). No terminal Curral Falso, a antiga estação de 300 metros quadrados está sendo demolida e dará lugar a uma estrutura 56 vezes maior, com 16 mil metros quadrados.
Mais ônibus, intervalos diminuídos em até 58% no corredor
O início da operação dos novos articulados na Transoeste aumentou a oferta de lugares, e os intervalos entre os ônibus diminuíram significativamente. Na linha 10 (Santa Cruz x Alvorada), por exemplo, o intervalo foi reduzido em 58% nos horários de pico: de 12 para 5 minutos. Atualmente este corredor transporta em média 190 mil passageiros em dias úteis.
Sobre os novos ônibus Euro 6 da nova Transoeste
Os novos ônibus do BRT Transoeste estão equipados com a tecnologia sustentável Euro 6, o que reduz em até 80% a emissão de gases poluentes. O Rio de Janeiro tornou-se a primeira cidade brasileira a adquirir articulados compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro 6. Este é um dos compromissos da Prefeitura do Rio com a sustentabilidade e a preocupação em promover soluções para as questões ambientais. Ao todo, foram comprados 337 articulados Euro 6, com a previsão de entrega gradual até o fim de maio de 2024.
Além da redução de poluentes, os ônibus contam com moderna tecnologia e são equipados com telemetria para análise de desempenho. Há interação com o usuário (microfone ambiente, painel de mensagens aos usuários que alertam sobre as próximas estações e alto-falantes), câmeras, portas reforçadas, aviso sonoro de fechamento das portas de embarque e desembarque, sistema de bloqueio de porta que impede o movimento do ônibus enquanto as portas estiverem abertas, cabine segregada para o motorista, painel de temperatura, área reservada a pessoas com deficiência e tomadas USB, entre outros itens.
Investimento de quase R$ 2 bilhões
Para fomentar a recuperação do Sistema BRT, a Prefeitura do Rio tem investido quase R$ 2 bilhões em parceria com o Governo Federal, que já possibilitaram a compra dos novos ônibus, a requalificação do corredor Transoeste e a construção de terminais e garagens públicas. Os investimentos foram adquiridos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa Econômica Federal, de R$ 645,9 milhões.