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conheça o grupo especializado do Departamento de Homicídios

Integrante do Grupo Especializado em Assessoramento de Local de Crime (Geacrim) da Polícia de SP

Desvendar um crime requer uma investigação complexa e, por isso, é fundamental que a apuração seja iniciada logo nos primeiros momentos. “As horas iniciais são cruciais para garantir a preservação de evidências”, afirma o delegado Guilherme Rabello, que integra o Grupo Especializado em Assessoramento de Local de Crime (Geacrim).

O órgão, ligado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), possui quase 20 anos de atuação em São Paulo. O grupo é pioneiro no país no atendimento inicial em casos de homicídios. O trabalho pericial em conjunto com papiloscopistas é fundamental no processo de identificação dos envolvidos no crime.

A equipe especializada é acionada logo após a comunicação do homicídio. Os policias vão ao local e dão início às investigações para colher o máximo de informações possíveis para a identificação do autor o mais rápido possível. A resposta ágil e o trabalho integrado, com a troca de informações, contribuem para a elucidação do caso.

A equipe do Geacrim começa o trabalho de forma pragmática para alcançar a autoria, além de direcionar as apurações preliminares. Todas as informações que podem e precisam ser coletadas naquele momento da investigação são levantadas, determinando as providências seguintes. “A interação do Geacrim com as equipes que prosseguirão com as investigações acontece de forma imediata, inclusive em finais de semana e feriados”, observa o delegado.

De janeiro a maio deste ano, o grupo do DHPP foi acionado para atender 144 locais de crimes. A atuação dos policiais auxiliou na prisão de 58 suspeitos de envolvimento em homicídios.

“Logo depois do crime, o autor, geralmente, tem mais cautela para não ser capturado. Por isso que a atuação rápida e direcionada do Geacrim é essencial para evitar a perda de informações”, explica o delegado que integra a equipe cinco do grupo especializado. “As equipes de perícia e de papiloscopia, combinadas, levantam materiais que ajudam a esclarecer na dinâmica da investigação e a autoria criminosa, além de sugerir novos aspectos a serem conduzidos”, garante Rabello.

Os grupos são compostos pelo delegado, que é o coordenador, um escrivão, três investigadores e/ou agentes policiais. A equipe de perícia é formada por um perito criminal, fotógrafo técnico-pericial e três papiloscopistas ou auxiliares de papiloscopia.

Equipe do Geacrim começa o trabalho de forma pragmática para alcançar a autoria

Importância de uma equipe especializada

Antes da criação do Geacrim, as investigações iniciais eram realizadas por meio das equipes das delegacias, que acumulavam os casos com outros já em andamento. Com a formação do grupo individualizado, os especialistas iniciam a apuração focados nesse tipo de trabalho, reunindo as informações que serão cruciais para a continuidade das investigações.

Além de desafogar as delegacias que vão tocar os inquéritos, com a investigação inicial de campo, a equipe tem autonomia para realizar a prisão, se for identificada a autoria do crime na análise dos locais.

Recentemente, o grupo foi fundamental na elucidação do latrocínio do policial militar Anderson de Oliveira Valentin, de 46 anos, e a filha, de 19, no estacionamento de uma farmácia na zona norte de São Paulo, em 24 de fevereiro. As vítimas foram abordadas por três criminosos.

O trabalho ágil do Geacrim na cena do crime coletando as informações iniciais, ouvindo testemunhas e obtendo imagens de câmeras de segurança ajudou a identificar os criminosos em menos de 24 horas. Os policiais foram até os endereços dos envolvidos, mas eles já tinham fugido e acabaram presos nas semanas seguintes.

“Na corrida contra o tempo para identificação de um homicida, o Geacrim é de extrema importância. Ele dá as informações preliminares, que muitas vezes já são suficientes para a solução do crime”, diz a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo.

Queda histórica de homicídios na capital

O número de homicídios dolosos — quando há intenção — registrados na cidade de São Paulo nos primeiros cinco meses do ano foi o menor para o período desde 2001, quando as ocorrências criminais passaram a ser contabilizadas. De janeiro a maio, foram 188 ocorrências, contra 209 em igual período do ano anterior, ou seja, uma queda de 10%.

Os dados refletem os números apresentados em todo o estado que pela 1ª vez na história registrou menos de 200 casos de homicídios intencionais para um mês de maio. “É a expertise dos agentes do DHPP, alinhados com a tecnologia policial, que possibilitaram os recordes no combate aos crimes de homicídios na capital”, finaliza a diretora do DHPP.